terça-feira, 7 de junho de 2011

Jarinu se destaca por produção de cachaça e vinho artesanal

 Jarinu é um oásis para os apreciadores da branquinha 

Quem quiser pagar pouco por uma boa cachaça ou um saboroso vinho artesanal não precisa ir longe. Jarinu, com cerca de 23 mil habitantes, fica localizada a 70 km de São Paulo e 60 km de Campinas e abriga seis alambiques e adegas.

Tal atividade é propiciada pelo clima tropical de altitude da região com Invernos frios e secos e Verões amenos. A cidade faz parte do Polo Turístico do Circuito das Frutas, juntamente com Indaiatuba, Itatiba, Itupeva, Jundiaí, Louveira, Morungaba, Valinhos e Vinhedo.

Em meio a vales e lagos, está o Alambique Ferrara (Estrada Municipal Ernesta B. Ferrara, s/nº), que oferece, com agendamento prévio, a visitação para conhecer o mecanismo da produção. Lá, são feitos todos os processos para a fabricação da cachaça, a começar pelo plantio da cana-de-açúcar. Após a colheita, a planta recebe litros de água fervente para a higienização. Transformada em garapa, ela passa por um cano subterrâneo e recebe dois compostos de farelo de arroz e pão para a fermentação, feita em tambores de 20 mil litros.

São necessárias 24 horas para o líquido atingir a graduação correta e a retirada total do açúcar. Depois do descanso, o líquido vai para o alambique, onde sofre a destilação a vapor, que em contato com o frio se condensa e se transforma em cachaça.

Os 4 mil litros de cachaça produzidos todos os meses ao longo do ano são distribuídos pela região e comercializados em uma lojinha dentro da propriedade. Além da Cachaça Nova Ferrara, cujo preço é de R$ 4,00 na garrafa tipo pet e R$ 8,00 na de vidro, também são encontrados licores de vários sabores, linguiças, queijos e doces produzidos na área rural. A loja funciona de segunda-feira a domingo, das 8h às 17h. Quando chegar, é só tocar o sino, conforme manda a tradição interiorana.

Safra etílica
Assim como o Ferrara, o Alambique Zanoni também é uma herança familiar. Porém, localiza-se no Centro da cidade, próximo a Igreja Matriz Nossa Senhora do Carmo. Diferentemente da anterior, os Zanoni produzem uma vez por ano, entre os meses de julho e agosto. A partir da cachaça da safra — que descansa por 1 ano — derivam-se outras quatro, que se diferenciam de acordo com o envelhecimento, variando de três a 12 anos. São 40 mil litros de produção anual e o vapor usado no processo é aproveitado para a produção de tomate seco.

Vinho 

 
Além da tradicional branquinha, o vinho artesanal também é uma boa opção na cidade. Entre as três adegas locais está a do Pauletto (Estrada Municipal Luiz Pauletto, s/nº), que fica no sítio de uma antiga família jarinuense. A simplicidade da produção é o segredo para a confecção de vinhos desde 1953. Variadas espécies de uvas são plantadas em junho e podadas em meados de agosto. A colheita ocorre entre dezembro e janeiro e os frutos são esmagados na sequência.

Depois, ficam 40 dias armazenadas nos barris. Faz-se então a separação da casca e mais 30 dias são necessários para decantar. “Fica bom mesmo para ser tomado no Inverno”, afirma o proprietário Daniel Pauletto. Segundo ele, são produzidas de 12 a 15 toneladas de uvas por ano, o que corresponde a 12 a 15 mil litros. “O doce é o mais procurado”, disse. Entre as variedades oferecidas estão os espumantes, sucos naturais e a bagaceira.

Ao lado da adega, pode-se desfrutar ainda do Parque Ecológico Pauletto, do Restaurante Pauletto e do Pesqueiro Bela Vista. Aliás, como a região é cercada de lagos e rios, nada mais justo do que ter os pesqueiros como principal passeio gastronômico. São eles: Jari Park, Parque D’anape, Bela Vista, Pedra Branca e Piracema.

Você pode ver mais sobre os alambiques e as adegas de Jarinu em nosso site: www.jarinu-sp.com.br.
Bom passeio...

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